quinta-feira, 17 de março de 2016
A culpa é das estrelas e o pensamento de Schopenhauer e Nietzsche.
08:55
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Adaptando o livro homônimo de John Green, “A culpa é das estrelas” se revela o filme mais emocionante dos últimos tempos. De uma produção de Temple Hill e outros, a película mostra uma moça, Hazel, com câncer terminal no pulmão, de modo que ela anda com oxigênio junto a ela. Não sem perder o charme. Ademais, ela conhece Gus, que sofreu uma afecção de modo que perdeu parte de uma perna, e depois sofreria de demais doenças fatais, que também demonstra grande compreensão existencial, apesar de ambos adolescentes. Um filme para chorar, e mais, um filme para diminuir os próprios e míseros sofrimentos, incomparáveis aos personagens que rondam essa produção. Como teria dito Nietzsche, um famoso filósofo sofredor, em uma carta a sua irmã: “Para que uma ética seja ao menos possível, deve-se saber qual sentido cada época confere ao sofrimento”1.
Em
A culpa é das estrelas se vê uma crítica ao compadecimento das
pessoas do ponto de vista crítico de quem sofre com a doença. O
câncer é assim colocado como uma condição humana e existencial, e
as pessoas desejam viver. Viver cada dia como se fosse o último e
especial. Seja para deixar o nome a posteridade, como pretendia Gus,
seja para amar e conhecer seu escritor favorito, como queria Hazel. A
fita começa com uma sinopse e deixa quem assiste o filme situado,
mesmo que não tenha lido o livro antes, o que foi meus caso. Os
personagens são engraçados, como o pouco talento de Gus no volante,
ou mesmo o seu amigo que depois fica cego, o mais adolescente de
todos. Já Hazel pensa que sempre seu amigo será um amigo. Com o
tempo vem a declaração dele de estar apaixonado, e assim ela
liberta seus sentimentos antes aprisionados na doença, limitados
pela ideia de ser uma granada.
O
sonho de Hazel é uma viagem a fim de conhecer seu escritor favorito,
para assim saber do final da história que tanto a perturba. Fora a
crise que sofre e o cancelamento da viagem, que depois é remarcada,
ela tem essa perturbação. E o escritor é mais morto que ela, um
“bêbado fracassado”, nas palavras dela. Mas me lembra
Schopenhauer, pois há um pessimismo no discurso dos personagens, um
direito a esse pessimismo. Apesar de o amor conseguir chegar em uma
relativa metafísica, apesar de haver uma densidade muito grande
nesses dois jovens que se amam. Parece que os personagens sabem
demais, são muito letrados, muito culturais. O amigo de Gus que fica
depois cego, é o mais normal da turma. Ele nota os seios das moças
e joga videogame. Já o casal que se ama, a princípio como amigos,
tem o lado bom de superar a doença, mas por outro lado já
envelheceram. Há um aspecto saturnino e melancólico no filme e no
livro, uma fatalidade de predestinação. A predestinação da
ciência, não da existência ou do ser. Predestinação para a
morte.
O
filme de início me lembrou outras duas obras do cinema que tem
enredo parecido: “Uma prova de amor”, onde uma adolescente com
câncer sofre seus impasses existenciais e também conhece um amor, e
“Love History”, onde o amor surge entre pessoas diferentes,
restando a morte da amada no final. Esses filmes completam o A culpa
é das estrelas, e ainda existem e existirão outros. De positivo é
se ver que quem sofre com a doença não é a doença, e que tem o
direito de curtir, viver, zoar e fazer o que quiser. Apenas ficou um
pouco estranha a forma que se trata a espiritualidade e religião na
obra, o que poderia ser mais trabalhado. Gus declara acreditar em
algo além, mas Hazel parece ser ateia. Quando ela fala nos números
infinitos entre 0 e 1, talvez nesse ponto possa haver algo místico
em seu ser, superando a morte que a ronda. Mas isso me fez antes
pensar na hipótese de Rhiemann, e no significado do universo.
Universo que ganha com o amor, que ressignifica todas as coisas, que
faz a alquimia capaz de imortalizar e curar todos os males. O filme
merece homenagem pois adapta bem o livro, e revela a melhor produção
dos últimos tempos, como uma forma inteligente e sensível de drama.
Uma experiência de Pavlov para testar as glândulas lacrimais, uma
obra de arte que traz a aura do cinema, quando já não parecia ter
mais aura. Por isso a plateia de uma sala levantou e bateu palmas.
Sem propaganda e sem política, a plateia bateu palmas para um filme
que nem conhecia, para um filme que emocionou, que mostrou o poder
transcendente da arte. “A culpa é das estrelas” merece essa
palmas verdadeiras, merece ser vista e para que o sofrimento seja
transformador, assim como Nietzsche desejava aos amigos. E assim um
amor fati, um amor ao destino, e amar nesse destino. Hazel
cumpriu seu amor fati.
Fonte: http://filmesefilosofia.blogspot.com.br/
terça-feira, 8 de março de 2016
CIÊNCIA E FILOSOFIA
14:15
Pensamento Coletivo
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A
sociedade vivência hoje, um período onde o pensamento é voltado para a
técnica, para as ciências exatas. Isto se deve ao fato de este tipo de
conhecimento ser capaz de oferecer respostas aparentemente
incontestáveis, possibilitando assim, certa certeza sobre a verdade do
conhecimento e conseqüentemente uma aparente resolução do problema.
Ocorre
que, a filosofia não traz essa certeza sobre a verdade, não possui essa
o caráter de solucionar um problema de forma a torná-lo incontestável.
Na realidade a filosofia traz questionamentos e impulsiona o filosofo a
buscar a verdade, sendo que essa verdade esta sempre em progresso, ou
seja, esta sempre evoluindo e despertando o filosofo a conceitos e
características que antes não havia percebido.
Devido
a este caráter de mutabilidade das respostas que a filosofia traz para
aquele que a estuda, acaba-se por acreditar que o pensamento filosófico
possui menor importância que o técnico-científico.
A
filosofia surgiu a partir do momento em que o homem passou a pensar e
buscar as respostas para suas indagações a partir de um pensamento
racional, não aceitando explicações meramente religiosas ou baseando-se
numa natureza mitológica. Nota-se que o filósofo é aquele que surgiu com
o intuito de questionar pois só a partir do questionamento se pode
alcançar a verdade.
Para
se chegar ao conceito de o que seria a Filosofia, é necessário observar
que a resposta para essa questão não é encontrada apenas nos conceitos
antigos e pré-estabelecidos do que seria a filosofia, mas sim na atitude
de filosofar sobre a filosofia, ou seja questionar o que é filosofia,
debater seu significado e buscar suas conclusões, que serão assim o seu
conceito sobre o que a filosofia é.
A filosofia possui atributos que permitem que esta seja claramente diferenciada da ciência.
O
primeiro atributo é a reflexividade, que é a característica da
filosofia ser também objeto dela mesma, pois ao mesmo tempo em que esta é
técnica, ela é o objeto de estudo.
O
segundo atributo é a circularidade, este decorre um pouco da
reflexividade, pois a filosofia não possui um progresso retilíneo, muito
pelo contrário o progresso é circular, pois os questionamentos que
foram debatidos no passado podem ser debatidos novamente na busca de uma
verdade mais completa. Exatamente devido a isto que a filosofia antiga
não é completamente descartada, pois sempre pode-se chegar a novas
conclusões e conhecimentos a partir de indagações filosofadas no
passado.
A
filosofia possui caráter aporético, pois tem a presença dela mesma como
objeto de suas questões, o que conseqüentemente faz com que a mesma não
seja possivelmente solucionada.
Devido
a essa característica da filosofia ser circular na sua forma de pensar,
que esta foi parcialmente abandonada pela sociedade moderna, pois para
muitos não há um ponto de chegada alcançável através da filosofia, desta
forma, a produção filosófica na atualidade é bastante escassa o que é
um imenso erro. Pois até mesmo a filosofia ruim é um progresso, pois
contestando a má filosofia se realizará outra filosofia que pode ser
melhor, ou ao menos trará algo novo.
É
certo que, filosofar é exatamente isso, questionar, porem se não há
mais produção filosófica, não há mais questionamentos, conseqüentemente
não se debate mais os assuntos o que provoca um esquecimento da
filosofia.
O
abandono da filosofia é um perigo já que não se buscará mais a
formulação de respostas a partir de posicionamentos e idéias diferentes,
levando a sociedade a responder seus questionamentos sempre da mesma
forma, a partir de respostas já estabelecidas.
A
filosofia possui sua importância baseada exatamente na busca por novas
respostas e em um novo modo de pensar a realidade do mundo em que
vivemos.
segunda-feira, 7 de março de 2016
O que é ser feliz segundo os grandes filósofos do passado e do presente
17:28
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Bom demônio
Em
grego, felicidade se diz “eudaimonia”, palavra que é composta do prefixo “eu”,
que significa “bom”, e de “daimon”, “demônio”, que, para os gregos, é uma
espécie de semi-deus ou de gênio, que acompanhava os seres humanos. Ser feliz
era dispor de um “bom demônio”, o que estava relacionado à sorte de cada um.
Quem tivesse um “mau demônio” era fatalmente infeliz.
Não
há dúvida de que, entre os séculos 10 a.C. e 5. a.C, o pensamento grego tende a
considerar os maus demônios mais frequentes do que os bons e apresentar uma
visão pessimista da existência humana. Não é por acaso que os gregos inventaram
a tragédia. Uma expressão radical desse pessimismo nos é fornecido por um velho
provérbio grego, segundo o qual “a melhor de todas as coisas é não nascer”.
Foi
a filosofia que rompeu com essa visão pessimista e procurou estabelecer
orientações para que o homem procurasse a felicidade. Demócrito de Abdera(aprox. 460 a.C./370 a.C.)
julgava que a felicidade era “a medida do prazer e a proporção da vida”. Para
atingi-la, o homem precisava deixar de lado as ilusões e os desejos e alcançar
a serenidade. A filosofia era o instrumento que possibilitava esse processo.
Virtude e justiça
Sócrates (469
a.C./399 a.C.) deu novo rumo à compreensão da ideia de felicidade, postulando
que ela não se relacionava apenas à satisfação dos desejos e necessidades do
corpo, pois, para ele, o homem não era só o corpo, mas, principalmente, a alma.
Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma
conduta virtuosa e justa.
Para
Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor do que praticá-la e, por isso, certo
de estar sendo justo, não se intimidou nem diante da condenação à morte por um
tribunal ateniense. Cercado pelos discípulos, bebeu a taça de veneno que lhe
foi imposta e parecia feliz a todos os que o assistiram em seus últimos
momentos.
Entre
os discípulos de Sócrates, Antístenes (445
a.C./365 a.C.) acrescentou um toque pessoal à ideia de felicidade de seu
mestre, considerando que o homem feliz é o homem autossuficiente. A ideia de
autossuficiência (que, em grego, se diz “autarquia”,) continuará diretamente
vinculada à de felicidade nos setecentos anos seguinte.
Uma função da alma
Mas
o maior discípulo de Sócrates, que efetivamente levou a especulação filosófica
adiante de onde a deixara seu mestre, foi Platão (427
a.C./347 a.C.), o qual considerava que todas as coisas têm sua função. Assim,
como a função do olho é ver e a do ouvido, ouvir, a função da alma é ser
virtuosa e justa, de modo que, exercendo a virtude e a justiça, ela obtem a
felicidade.
É
importante deixar claro que noções como virtude e justiça integram uma vertente
do pensamento filosófico chamada Ética, que se dedica à investigação dos
costumes, visando a identificar os bons e os maus. Para Platão, a ética não
estava limitada aos negócios privados, devendo ser posta em prática também nos
negócios públicos. Desse modo, o filósofo entendia que a função do Estado era
tornar os homens bons e felizes.
A
ligação entre ética e política estará ainda mais definida na obra do mais
importante discípulo de Platão, Aristóteles (384
a.C./322 a.C.), o qual dedicou todo um livro à questão da felicidade: a “Ética
a Nicômaco” (que é o nome de seu filho, para quem o livro foi escrito). Amigo
de Platão, mas, em suas próprias palavras, “mais amigo da verdade”, Aristóteles
criticou o idealismo do mestre, reconhecendo a necessidade de elementos
básicos, como a boa saúde, a liberdade (em vez da escravidão) e uma boa
situação socioeconômica para alguém ser feliz.
Felicidade intelectual
Por
outro lado, a partir de uma série de raciocínios que têm como base o fato de o
homem ser um animal racional, Aristóteles conclui que a maior virtude de nossa
“alma racional” é o exercício do pensamento, pelo quê, segundo ele, a
felicidade chega a se identificar com a atividade pensante do filósofo, a qual,
inclusive, aproxima o ser humano da divindade.
Sem
perder de vista a aplicação prática de suas ideias, Aristóteles considera a
política como uma extensão da ética e, nesse sentido, para ele também é uma
função do Estado criar condições para o cidadão ser feliz. O Estado que o
filósofo tinha em mente, porém, era a “polis” grega, que, naquele momento,
estava deixando de existir, com o surgimento do império de Alexandre o Grande.
Depois
de Alexandre, no mundo grego ou helênico, desenvolveram-se três escolas
filosóficas que vão se estender até o fim do Império romano, as chamadas
filosofias helenísticas. Todas elas, por caminhos diferentes, chegam a
conclusão de que, para ser feliz, o homem deve ser não só autossuficiente, mas
desenvolver uma atitude de indiferença, de impassibilidade, em relação a tudo
ao seu redor. A felicidade, para eles, era a “apatia”, palavra que, naquela
época, não tinha o sentido patológico que tem hoje.
Prazer e salvação da alma
Entre
os filósofos do mundo helênico, pode-se citar Epicuro (341
a.C./271 a.C.), para deixar claro que essa ideia de “apatia” não significa
abdicar ao prazer. O prazer era essencial à felicidade para Epicuro, cuja
filosofia também é conhecida pelo nome de hedonismo (em grego “hedone” quer
dizer “prazer”). Mas ele deixa claro, numa carta a um discípulo, que não se
refere ao prazer “dos dissolutos e dos crápulas” e sim ao da impassibilidade
que liberta de desejos e necessidades.
Com
o fim do mundo helênico e o advento da Idade Média, a felicidade desapareceu do
horizonte da filosofia. Estando relacionada à vida do homem neste mundo, ela
não interessou aos filósofos cristãos como Agostinho de Hipona (354 d.C./430 d.C.), Anselmo de Canterbury (1033/1109) ou Tomás de Aquino(1225/1274), todos santos da
Igreja católica. Para a filosofia cristã, mais do que a felicidade, o que conta
é a salvação da alma.
Os
filósofos voltaram a se debruçar sobre o tema na Idade Moderna. John Locke(1632/1704) e Leibniz (1646/1716),
na virada dos séculos 17 e 18, identificaram a felicidade com o prazer, um
“prazer duradouro”. Alguns décadas depois, o filósofo iluminista Immanuel Kant (1724/1804), na obra “Crítica da razão
prática” definiu a felicidade como “a condição do ser racional no mundo, para
quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com o seu desejo e vontade”.
Direito do homem
No
entanto, para Kant, como a felicidade se coloca no âmbito do prazer e do
desejo, ela nada tem a ver com a Ética e, portanto, não é um tema que interesse
à investigação filosófica. Sua argumentação foi tão convincente que, a partir
dele, a felicidade desapareceu da obra das escolas filosóficas que o sucederam.
Mesmo
assim, não se pode deixar de mencionar que, no mundo de língua inglesa, na
mesma época de Kant, a ideia de felicidade ganhou lugar de destaque no
pensamento político e buscá-la passou a ser considerada um “direito do homem”,
como está consignado na Constituição dos Estados Unidos da América, que data de
1787 e foi redigida sob a influência do Iluminismo.
Egocentrismo e infelicidade
É
também no âmbito da filosofia anglo-saxônica, no século 20, que se encontra uma
nova reflexão sobre nosso assunto. O inglês Bertrand Russell (1872/1970) dedicou a ele a obra “A
conquista da felicidade”, usando o método da investigação lógica para concluir
que é necessário alimentar uma multiplicidade de interesses e de relações com
as coisas e com os outros homens para ser feliz. Para ele, em síntese, a
felicidade é a eliminação do egocentrismo.
Mais
recentemente, em 1989, o filósofo espanhol Julián Marías também dedicou ao tema
um livro notável, “A felicidade humana”, em que estuda a história dessa ideia,
da Antiguidade aos nossos dias, ressaltando que a ausência da reflexão
filosófica sobre a felicidade no mundo contemporâneo talvez seja um sintoma de
como esse mesmo mundo anda muito infeliz.
Revisitando os contos de fadas
15:44
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Será que as princesas realmente viveram felizes para sempre? A artista canadense Dina Goldstein imagina princesas clássicas no mundo real - e com problemas reais. Na série de fotos 'Fallen Princesses', ela retrata os contos infantis de forma irônica.
sábado, 5 de março de 2016
Para que Serve a Filosofia?
07:57
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A filosofia ajuda-nos a perceber o porquê das coisas se alterarem. Não basta ter um conhecimento técnico e especializado, pois é necessário ter um conhecimento global, para conhecermos melhor o mundo que nos rodeia.
A filosofia é uma forma de educação que ultrapassa os conhecimentos adquiridos (saber transmitido pelos pais e pela sociedade), tendo como objectivo a educação do pensar que nos leva a reflectir e a problematizar assuntos do nosso dia-a-dia. Isto leva-nos a perceber melhor o quotidiano e a adquirir-mos o nosso próprio conhecimento.
Os sistemas educativos dos diferentes países revelaram esta preocupação, assim a filosofia foi integrada como uma disciplina obrigatória na Espanha, na França, os alunos têm acesso a aulas de projecto artísticos e culturais. Bem como no Japão. Todas estas reformas implantadas na educação vêm reforçar a ideia de que hoje em dia é cada vez mais importante formar indivíduos cultos e criativos. A filosofia vai além da memorização de grandes textos; é necessário aprender a reflectir por si próprio.
A filosofia serve para sair da escuridão e ir ao encontro da sabedoria e procurar soluções.
A filosofia defende que devemos interessar-nos pelo inútil, para perceber melhor o útil.
A filosofia pode e deve ser avaliada segundo o critério da utilidade. A utilidade significa a qualidade do que é útil, enquanto que o valor é a importância que se atribui a um objecto ou a alguém. Existem coisas inúteis, que têm um grande valor.
terça-feira, 1 de março de 2016
O que é filosofia
13:05
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Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentaisrelacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Filosofo é o individuo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade.
Filosofo é o individuo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade.
Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.
A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão.
Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.
Apesar de ter algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.
Saiba mais sobre conhecimento empírico.
A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A “filosofia do ser”, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas.
A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia do trabalho está relacionada a questões da ética.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje.
Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros.
Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
De acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das Ideias, do verdadeiro conhecimento caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência.
Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser divido em três categorias, de acordo com a conduta do ser humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicologia), conhecimento prático (política e ética) e conhecimento poético (poética e economia).
Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias ou atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia do reggae" e etc.